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Chimarrão, internet e muitas histórias para contar...
Quem me conhece sabe que meu "esporte preferido" é tomar chimarrão e contar histórias ou no mínimo fazer análises sobre assuntos diversos. Vamos lá que a água está esfriando...
quarta-feira, 29 de maio de 2019
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
O Natal e a Maçonaria
Chegando nessa época de final de ano aproveito para ler novamente algumas das coisas que já escrevi sobre o natal e principalmente sua origem e relação com a maçonaria. Esse texto foi escrito para uma sessão magna (pública) da minha loja no ano de 2014.
Muitos talvez não saibam qual das características da nossa personalidade mais nos “atraiu” até a maçonaria. Sem dúvida temos de ser pessoas livres, de bons costumes e bons cidadãos mas principalmente temos de ser “livres pensadores”. Bem resumidamente isso significa que não nos prendemos a dogmas, não temos preconceitos nem aceitamos a verdade absoluta. Sempre vamos avaliar as situações baseados na nossa consciência. Isso porém pode ser um pouco desconcertante quando passamos a avaliar algumas verdades que nos foram ditas desde muito cedo na vida. Um exemplo é, nesta época em que andamos pelas ruas já vendo pinheiros com bolinhas vermelhas, neve artificial, papai Noel no shopping e nas propagandas, a dúvida quanto ao que é realmente o Natal? Quando surgiu? Há nesta data alguma ligação com a maçonaria? Saber da verdadeira história das coisas pode ser revelador mas também pode derrubar alguns ensinos que temos desde crianças. Isso é bom? É ruim? Bem, depende do que faremos com a informação.
Muitos talvez não saibam qual das características da nossa personalidade mais nos “atraiu” até a maçonaria. Sem dúvida temos de ser pessoas livres, de bons costumes e bons cidadãos mas principalmente temos de ser “livres pensadores”. Bem resumidamente isso significa que não nos prendemos a dogmas, não temos preconceitos nem aceitamos a verdade absoluta. Sempre vamos avaliar as situações baseados na nossa consciência. Isso porém pode ser um pouco desconcertante quando passamos a avaliar algumas verdades que nos foram ditas desde muito cedo na vida. Um exemplo é, nesta época em que andamos pelas ruas já vendo pinheiros com bolinhas vermelhas, neve artificial, papai Noel no shopping e nas propagandas, a dúvida quanto ao que é realmente o Natal? Quando surgiu? Há nesta data alguma ligação com a maçonaria? Saber da verdadeira história das coisas pode ser revelador mas também pode derrubar alguns ensinos que temos desde crianças. Isso é bom? É ruim? Bem, depende do que faremos com a informação.
Na tradição cristã, e na maioria
somos todos cristãos aqui no Brasil, o
natal é comemorado no dia 25 de Dezembro de cada ano como sendo o nascimento de
Jesus de Nazaré, que 30 anos mais tarde seria conhecido como “Jesus Cristo” ou
“Messias”. É uma data de congraçamento entre as famílias, um momento de união e
alegria, onde se trocam presentes, faz-se uma refeição e cantam-se músicas que
aludem a essa data. Isso é o que nos ensinam, mas será este fato do nascimento
de Jesus em 25 de Dezembro verdadeiro? Os evangelhos de Marcos até João foram
escritos entre 31 e 62 anos após a morte do Cristo e eles não falam
absolutamente nada sobre a data do seu nascimento. Só é informado em linhas
gerais que se tratava de uma época de recenseamento onde as famílias faziam
longas viagens para este fim, que o menino Jesus nasceu numa manjedoura e que
os pastores estavam nos campos com seus rebanhos. Dezembro é exatamente o meio
do inverno no hemisfério norte o que desaconselharia estas viagens tampouco um
parto ao ar livre e muito menos pastores dormindo ao relento com suas ovelhas.
Definitivamente nesta data não aconteceu o nascimento de Jesus. Então se não
foi o nascimento dele o que nos traz até o Natal de hoje? De onde vêm este
costume de comer, cantar e trocar presentes com as nossas famílias? Bem, é ai
que a história começa a ficar interessante.
Os povos antigos não tinham a
tecnologia que temos hoje para os auxiliar nas tarefas da vida portanto para
fazer seus planos de plantação, colheitas, pesca, guerra, etc se baseavam no
que havia de mais “certo e preciso” na época ao seu alcance: os astros. Olhando
para o céu e os estudando podiam ver as constelações e se guiar sem bússola ou
mapas, podiam saber das estações, do frio ou do calor sem dúvida de que no ano
seguinte tudo se repetiria. Para eles isso era algo sagrado e assim nasceu o
culto a essa “tecnologia”, mais precisamente a astronomia. Hoje
estudamos a astronomia mas no passado eles a cultuavam, chegando a considerar
alguns astros como deuses. O sol era o principal deles.
Poderíamos ficar horas aqui falando
sobre os 12 signos do zodíaco, qual a relação das 4 estações com estes signos,
como Jesus pode ter sido um mito ou uma alegoria do deus Sol, etc mas falaremos
aqui especificamente de um evento astronômico que hoje conhecemos como
“solstício de inverno no hemisfério norte”.
A expressão Solstício vem do Latim
SOLSTITIUM, de “Sol” e “Sístere” que significa parar. Em astronomia, o
solstício é qualquer um dos dois pontos nos quais o Sol atinge o maior
afastamento de sua elíptica, em relação ao equador celeste. O termo solstício é
também usado para designar as datas do ano em que o Sol atinge os pontos assim
definidos. No hemisfério norte, o solstício de verão ocorre quando o Sol está
em Câncer, a 21 de junho, e o solstício de inverno ocorre com o Sol em
Capricórnio, a 21 de dezembro.
Na prática, do ponto de vista de um
observador, o solstício de inverno nada mais é do que o período em que o sol
deixa de se afastar do equador, como que “parando” e volta a se aproximar dele,
dando uma espécie de “reversão” nas características do inverno, voltando a
gerar mais calor e luz progressivamente. É o dia mais curto do ano. Para os
povos antigos isto era quase como que uma bênção divina pois estavam cada dia
com mais frio, com menos recursos e com mais “trevas” e nesta época o deus Sol
retoma suas forças e volta a lhes proporcionar suas benesses. Merecia muita
festa e era isso que acontecia nas Brumálias Romanas - o nome dado a estas
festividades no passado. A vida Romana na antiguidade era baseada no trabalho
militar, na agricultura e caça portanto os dias curtos e o frio do inverno
suspendiam a maior parte destas atividades então eles aproveitavam para
celebrar as Brumálias bem na metade desta época de trevas no período de um mês
iniciando em 24 de novembro até culminarem nas Saturnálias, que era a festividade
de louvor ao deus Sol, no solstício que acontecia lá pelo dia 25 de Dezembro,
segundo nosso calendário.
Os solstícios determinam a separação das duas
grandes fases em que a Natureza passa por transformações e fenômenos notáveis,
comemorados em todos os cultos desde a Antiguidade, sob várias formas e
alegorias. Os solstícios, ou portas solsticiais, são também chamados de “Porta
dos Homens” e de “Porta dos Deuses”.
A primeira, “Porta dos Homens”
corresponde ao solstício de inverno e a segunda, “Porta dos Deuses” ao
solstício de verão. Simbolicamente, os solstícios ocorrem ao meio-dia e à
meia-noite. A metade ascendente do ciclo vai da meia-noite ao meio-dia, e a
metade descendente vai do meio-dia à meia-noite.
No simbolismo maçônico, o trabalho
iniciático inicia-se ao meio-dia e termina à meia-noite, isto é, inicia-se na
porta dos homens ou solstício de inverno e termina na porta dos deuses ou
solstício de verão.
Enquanto o zênite do Sol visível
ocorre ao meio-dia, hora em que começam os trabalhos maçônicos, o zênite do Sol
espiritual ocorre à meia-noite, quando terminam os trabalhos do aperfeiçoamento
espiritual.
São João Batista e São João
Evangelista são os dois patronos da Maçonaria. Desde a instituição da Maçonaria
Especulativa, quando os maçons deixaram de existir como construtores literais
de catedrais na Europa e passaram a admitir homens que não eram pedreiros, como
nós, em seu meio, nós maçons celebramos duas grandes festas anuais, ambas
chamadas de festas de São João, as festas solsticiais; a do solstício de
inverno, dedicada a São João Batista, realiza-se a 24 de junho, e a do
Solstício de verão, dedicada a São João Evangelista, que se celebra a 24 de
dezembro.
Perceberam que além da tradição do
“aniversário de Jesus” há uma tradição mais antiga e forte que é a das
festividades solsticiais na mesma época? Bem, mas e o natal como o conhecemos
hoje, comemorando especificamente o aniversário de Jesus? No ano 350, o Papa
Júlio I levou a efeito uma “investigação pormenorizada” e proclamou o dia 25 de
Dezembro como data oficial do nascimento de Jesus. Muitos costumes populares
associados ao Natal desenvolveram-se de forma independente da comemoração do
nascimento de Cristo, com certos elementos de origens em festivais pré-cristãos
que eram celebradas em torno do solstício de inverno pelas populações pagãs que
foram mais tarde convertidas ao cristianismo. Estes elementos, como a troca de
presentes, tornaram-se sincretizados ao Natal ao longo dos séculos. A atmosfera
prevalecente do Natal também tem evoluído continuamente desde o início do
feriado, o que foi desde um estado carnavalesco na Idade Média , a um feriado
orientado para a família e centrado nas crianças, introduzido na Reforma do
século XIX. Neste mesmo século XIX é que a apareceu a figura tão vista hoje em dia que é o Papai Noel. Na verdade ele se chamava Nicolau, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Ele costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro. No inicio ele era retratado usando roupas de bispo mas sob influência da Coca-Cola no inicio do século XX passou a usar roupa vermelha com as cores da marca.
Então, já vimos a relação do 25/12
quando se comemora o Natal ou aniversário de Cristo com o solstício de inverno
e a relação deste com a maçonaria porém se o Natal na verdade não é exatamente
o que aprendemos na escola significa então que não devemos considerar esta
época do ano como especial? Claro que não pois conforme falamos no inicio
precisamos avaliar o que essa época representava para os povos que originaram
estas festividades e tirar uma lição disso.
Eles honravam nesta época as bênçãos
do que hoje conhecemos por natureza. Agradeciam a luz do sol que retornava para
os iluminar e aquecer e que traria prosperidade pois poderiam voltar aos seus
trabalhos; agradeciam pela divindade os ter agraciado com mais um ano;
agradeciam e ficavam felizes pois podiam estar junto das suas famílias. Estas
eram celebrações tão importantes e tão arraigadas naquela sociedade que nem a
igreja Católica ousou as declarar erradas indo contra sua celebração mas
somente a adaptou como sua maior festividade anual até hoje - o nascimento do
seu personagem principal, Jesus Cristo, o Natal que chegou até nós. Mesmo nos
tempos mais recentes as famílias no mundo todo tem aproveitado essa época para
confraternizar, reforçar os laços de amizade e união, para fazer o bem a quem
necessite, não importa se é mesmo o aniversário de Jesus ou não. O foco mudou.
A comemoração passou a ser mais espiritual do que física.
Independentemente se somos cristãos
ou não, se acreditamos no nascimento de Cristo ou se achamos esta data só uma
comemoração pagã, o importante é a lição que tiramos dela: devemos agradecer ao
G∴A∴D∴U∴ por nossa vida, por nossa saúde e por mais um ano que passa na certeza
de que invariavelmente mais um ano virá onde poderemos atuar mais uma vez,
fazendo o bem, ajudando o próximo e nos divertindo neste ciclo que é o que
conhecemos por vida.
terça-feira, 12 de junho de 2018
terça-feira, 26 de setembro de 2017
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Bom dia!
Nada como a paz de uma manhã de segunda-feira curtindo o vento frio do verão.
Talvez essa seja a frase com maiores contraditórios que eu já escrevi.
😉
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