Quem me conhece sabe que meu "esporte preferido" é tomar chimarrão e contar histórias ou no mínimo fazer análises sobre assuntos diversos. Vamos lá que a água está esfriando...
segunda-feira, 29 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
AZBOX: o "viking" dos mares do sul...
Hoje entrei numa discussão com amigos que levou horas: esquecendo o componente da ilegalidade, vale a pena gastar com um receptor de parabólica do tipo AZBOX?
Bem , quem não sabe o que é isso tentarei explicar de forma simples: O sistema de TV por assinatura via satélite (DTH ou Direct to Home), que conhecemos aqui no Brasil primeiramente pela DirecTV, depois SKY e outras do gênero, usa cartões tipo smartcard com uma codificação. Nem todas usam o mesmo tipo de codificação. SKY e Telefónica usam softwares diferentes. O da Telefónica é chamado "NAGRA II". O da Sky é o Videoguard NDS.
Resumindo mais ainda, o NAGRA II usa um tipo de criptografia (para que o sinal não chegue "aberto" em qualquer antena voltada para o satélite) já ultrapassado e hackeado desde a argentina até a Flórida, o que permite que os azboxes da vida façam a festa nos lares da América. É só adquirir uma antena com LBNF universal para banda KU, ligar num receptor destes com a devida chave de criptografia inserida, apontar para o satélite Amazon Sat e pronto! O "jardim está florido", como dizem os vikings do sertão. Como disse o pessoal do Papotech, se é tudo assim tão legal, se o sinal está caindo no teu quintal como alegam os utilizadores, qual o motivo de não falarem abertamente que os canais estão pegando ? Tem que usar estas "senhas" ridículas...rs. Pelo menos poderiam ter usado algo mais criativo e menos gay...hehehe.
Voltando... Lí uma noticia no final do ano passado que a Telefonica já está realizando a troca de cartões do sistema Nagra II para o Nagra III em alguns de seus clientes. Bem, é aí que a casa começa a cair...
1 - Se houver realmente a mudança, o que eu sinceramente acredito que acontecerá ainda em 2010, a maioria dos azboxes não terá capacidade para um upgrade de firmware de forma a decodificar Nagra III. Bem, mas alguns terão esta possibilidade, então vêm o ponto número 2...
2 - Se houver esta possibilidade, lembrem que o Nagra III já está em uso e que NINGUÉM AINDA CONSEGUIU QUEBRAR A CRIPTOGRAFIA DELE! A Dish Americana está usando esta codificação com sucesso. Portanto para mim o problema não é em si se os receptores poderão ou não decodificar o Nagra III mas sim a incapacidade de quebrar a chave. Nos usuários "pagantes", a atualização do software dos decoders é feita por OTA (Over The Air ou descarregada diretamente pelo satélite, sem que a pessoa tenha de trocar o equipamento).
A melhor maneira de prevermos o futuro é olhando para o passado. Vamos lembrar do caso da Sky aqui no Brasil lá pelo ano 2000. Ela usava um sistema inicialmente bom da Videoguard, porém um dia ele foi quebrado e estava para a época como o Nagra II está para os dias de hoje. O que a Sky fez? Simples: deixou um tempo até as pessoas se acostumarem com os canais, etc e depois mudou para uma versão mais nova do NDS que ATÉ HOJE não foi mais quebrada. Ou tu acha que esse monte de viking que vende Azbox e se mata pra ficar conseguindo senhas, etc não adoraria conseguir "abrir" o sinal da Sky ??? Imagina o que ganhariam de dinheiro, com canais HD, etc... Enfim, eles não fazem porquê não conseguem.
O futuro dos Azboxes e similares será o mesmo de quem comprou decoder desbloqueado da Sky naquela época: o lixo.
AZBOX: o "viking" dos mares do sul...
Hoje estrei numa discussão com amigos que levou horas: esquecendo o componente da ilegalidade, vale a pena gastar com um receptor de
parabólica do tipo AZBOX?
Bem , quem não sabe o que é isso tentarei explicar de forma simples: O sistema de TV por assinatura via satélite (DTH ou Direct to Home), que conhecemos aqui no Brasil primeiramente pela DirecTV, depois SKY e
outras do gênero, usa cartões tipo smartcard com uma codificação. Nem todas usam o
mesmo tipo de codificação. SKY e Telefônica usam softwares diferentes. O da telefônica é chamado "NAGRA II". O da Sky é o Videoguard NDS.
Resumindo mais ainda, o NAGRA II usa um tipo de criptografia (para que o sinal não chegue "aberto" em qualquer antena voltada
para o satélite) já ultrapassado e hackeado desde a argentina até a Flórida, o que permite que os azboxes da vida façam a festa nos
lares da América. É só adquirir uma antena com LBNF universal para banda KU, ligar
num receptor destes com a devida chave de criptografia inserida, apontar para o satélite Amazon Sat e pronto! O "jardim está florido", como dizem os vikings do sertão.
Como disse o pessoal do Papotech, se é tudo assim tão legal, se o sinal está caindo no teu quintal como alegam os utilizadores, qual o
motivo de não falarem abertamente que os canais estão pegando ? Tem que usar estas "senhas" ridiculas...rs. Pelo menos
poderiam ter usado algo mais criativo e menos gay...hehehe.
Voltando... Lí uma noticia no final do ano passado que a Telefonica já está realizando a troca de cartões do sistema Nagra II para o
Nagra III em alguns de seus clientes. Bem, é aí que a casa começa a cair...
1 - Se houver realmente a mudança, o que eu sinceramente acredito que acontecerá ainda em 2010, a maioria dos azboxes não terá
capacidade para um upgrade de firmware de forma a decodificar Nagra III. Bem, mas alguns terão esta possibilidade, então vêm o ponto
número 2...
2 - Se houver esta possibilidade, lembrem que o Nagra III já está em uso e que NINGUÉM AINDA CONSEGUIU QUEBRAR A CRIPTOGRAFIA DELE! A
Dish Americana está usando esta codificação com sucesso. Portanto para mim o problema não é em
si se os receptores poderão ou não decodificar o Nagra III mas sim a incapacidade de quebrar a chave. Nos usuários "pagantes",
a atualização do software dos decoders é feita por OTA (Over The Air ou descarregada diretamente pelo satélite, sem que a pessoa tenha
de trocar o equipamento).
A melhor maneira de prevermos o futuro é olhando para o passado. Vamos lembrar do caso da Sky aqui no Brasil lá pelo ano 2000. Ela usava
um sistema inicialmente bom da Videoguard, porém um dia ele foi quebrado e estava para a época como o Nagra II está para os dias de
hoje. O que a Sky fez? Simples: deixou um tempo até as pessoas se acostumarem com os canais, etc e depois mudou para uma versão mais
nova do NDS que ATÉ HOJE não foi mais quebrada. Ou tu acha que esse monte de viking que vende Azbox e se mata pra ficar conseguindo
senhas, etc não adoraria conseguir "abrir" o sinal da Sky ??? Imagina o que ganhariam de dinheiro, com canais HD, etc...
Enfim, eles não fazem porquê não conseguem.
O futuro dos Azboxes e similares será o mesmo de quem comprou decoder desbloqueado da Sky naquela época: o lixo.
EUA estudam oferecer serviço de banda larga sem fio gratuita!
Enquanto aqui no Brasil a internet móvel está disponível (por valores algumas vezes absurdos) a quase 65% da população - distribuidos em somente 12% dos municípios (!) nos EUA o FCC estuda usar uma parte do espectro de frequências para um serviço de banda larga móvel gratuita , disponível para uma parte da população, claro...
Mas o valor que pagamos aqui por um plano 3G ilimitado, por exemplo ainda é alto para a maioria da população e se formos comparar com outras partes do mundo dá vontade de escolher a segunda opção daquela famos frase "Brasil: ame-o ou deixe-o"…rs. Somado ao valor abusivo (pelo serviço prestado) ainda existe o problema de somente 12% das cidades estarem cobertas com sinal de banda larga móvel. Quem viaja pelo interior não precisa de internet móvel, né? Ou quem mora muito no interior, acima dos limites técnicos para o sinal ADSL, tem que se contentar com provedores "quebra-galho" que fazem o que podem: pegam um ou dois links ADSL na cidade mais próxima e distribuem por rádio para a zona mais afastada. As pessoas não precisam de mais que 120kbp/s no interior… Até parece que estamos no Brasil de 15 ou mais anos atrás, onde nem TV pegava nestes locais. hoje todo mundo tem TV por satélite, telefone celular e - claro - computadores. E computadores sem internet não são nada! Vide os Netbooks.
Neste cenário me pergunto por onde anda o WIMAX? lembro de ter visto algumas implantações experimentais na Embratel mas pelo vista está tudo parado. A Cisco e a Alcatel-Lucent devem estar se perguntando onde está o WIMAX…rs. Esta semana lí que abandonaram a produção de estações para este sistema, focando seus esforços somente no LTE. bem o LTE é o padrão 4G de melhor desempenho… na Suécia! Pô, olha o tamanho da Suécia! Olha o $$$ que a Suécia tem pra ficar experimentando estas coisas! Enfim, o fato é que estamos falando de coisas diferentes: Brasil e Suécia e Wimax e LTE. vamos por partes…
O WIMAX, assim como o GSM são padrões interessantes do ponto de vista técnico mas ambos tem um problema do ponto de vista de dados: não fazem parte da 3GPP. Pra dar uma resumida, o 3GPP é uma ação de colaboração entre empresas de telecom para desenvolver um padrão internacional que permita (em tese) que as redes no mundo todo usem determinada tecnologia. Tipo "Eu (operadora) me comprometo a usar a tecnologia definida pelo 3GPP e tu (fabricante) te compromete a desenvolver este padrão de forma a termos um maior lucro aproveitamento. E a má noticia é que, apesar dos esforços iniciais, o WIMAX não faz parte da 3GPP. O LTE sim…rs. O resto é mercado: se uma Cisco ou uma Alcatel deixam de desenvolver WIMAX e vão para o LTE logo o WIMAX é passado. Se não for agora é uma questão de tempo. Talvez o mesmo tempo para o LTE ganhar seu espaço - lá na Suécia pois aqui no Brasil imagino que não chegue de forma acessível em menos de 5 anos. Basta olharmos para trás e vermos o que tinhamos nas mãos 5 anos atrás: quase nada. O 3G chegou só em 2007. Antes tinhamos o EDGE e GPRS que cumpriram seu papel, mas pensem que o 3G já era usado lá fora desde 2003! 4 anos de diferença no mínimo.
Talvez essa seja a diferença entre o Brasil e Suécia ou qualquer outro país desenvolvido, que tem foco na alta tecnologia. Quem sabe um dia não poderemos ter iPhones por R$500 ou banda larga móvel em todos lugares, com uma velocidade decente e um preço que não lembre um assalto.